Que descem da serra,
lavam fragas, afagam a terra.
Enchem ribeiras, poços,
levadas e canadas,
até parecem dançar!
Mas no meio do remoinho
gritam lamentos e mágoas
que ninguém quer escutar...
Não se detêm,
nunca podem parar.
É a sina que se cumpre
nas águas de outono,
correndo rumo ao mar,
deixando para trás
uma terra a definhar.
MM
Out. 2023
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