Havia um coração grande
Para lá daquela porta
Onde ânsias e aspirações
Se viviam noite e dia
E no Inverno se sentia
Vindo das fendas da porta
O frio que gela e corta.
E num só, dois corações
Para lá daquela porta
Comiam nabos da horta
Aquecendo-se à lareira
Iam nutrindo ilusões.
E nos sulcos das ombreiras
Dessa linda porta antiga
Deixaram bem esculpida
P´ras vindouras gerações
Uma riqueza de outrora
Que é lentamente esquecida.
Essa porta abandonada
Que linda! Se restaurada
P´ra testemunho e louvor
Às mãos que com tanto amor
Por elas foi cinzelada.
Para lá daquela porta…
Viveram dois corações
Deram amor, deram vida
A futuras gerações.
Laureano Soares
In Poeta Mostra a Tua Cara
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