Junto à ribeira se ergue
A velha árvore sem idade
De ramos nus, entrelaçados
Abertos ao céu
Na mais terna cumplicidade.
E, não tarda, a senhora primavera
A vestirá de folhagem
Para agasalhar os pássaros
Que dela farão morada
Depois de longa viagem.
E a velha árvore sem idade,
Companheira da ribeira
Ganhará alento, rejuvenescerá.
Será, porém, também memória
Que muito para além de nós
Aqui se encontrará.
MM
Fev. 2022
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