Dezembro dos mais pequenos dias
E de campos que adormecem,
Enche-se a ribeira de ĂĄguas fugidias,
As Ășltimas folhas caem e fenecem.
Em redor, tudo Ă© sombra e nostalgia
Que na desnudada paisagem se revela,
Sopra o vento em fĂșria e rebeldia
Abrindo de rompante uma janela.
Ă dezembro, agreste, hoje sem alegria.
Pesam-nos tanto os passos que damos...
Olhamos... temos outra cadeira vazia...
E por mais uma ausĂȘncia choramos.
Nesta roda que Ă© a vida
Partem quantos nĂłs amamos,
Deixam-nos em saudade sentida
E memĂłrias que guardamos.
Mas quando a noite chegar
No longĂnquo firmamento
Nova estrela hĂĄ-de brilhar
Para nos dar força e alento.
đ
MM
Dez .2022
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