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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ESCANUCHAR O MILHO

Na passada semana, mais precisamente no dia 22 de outubro, aproveitando um bom dia de sol que inesperadamente nos tem bafejado, foi proporcionada aos nossos utentes uma boa surpresa!
Por sabermos as saudades que todos têm do campo e das suas lides, decidimos arranjar alguns cestos de cheio de maçarocas e convidar toda a gente para, como se diz no Sobral, “Escanuchar o Milho”!
Escusado será dizer que o convite foi por todos aceite de bom grado, pois era uma tarefa que já há muito tempo não faziam. De imediato deitaram “mãos à obra”, e foi muito bonito ver as expressões de alegria que esta atividade trouxe a cada um dos nossos utentes.

Começou a azáfama e o desejo de encontrar uma maçaroca de milho rei... Mas parece que a realeza já não mora nos campos de milho! 
A tarde soalheira e amena, fez desfiar inúmeras e animadas conversas sobre os campos de milho de outrora e o imenso trabalho que era feito para que produzisse bom grão.
Trabalho árduo, iniciado no final do inverno e se prolongava por muitos meses, nas diversas fases; desde o lavrar ou cavar da terra, à sementeira, à rega, ao arralar, mondar ervas daninhas, controlar as pragas...
Depois, vinha a recompensa, quando os campos verdejavam e se viam da lonjura do caminho que ainda havia para lá chegar.

Não é sem razão que se recorda aqui a canção muitas vezes entoada, no meio dos milheirais: - “milho verde, milho ver"!
Se o clima da primavera e verão lhe fosse favorável, as maçarocas começavam a despontar e depois de cada pé desfolhado mais o milho se desenvolvia.
Tempo para também recordar as muitas maçarocas de milho, com o grão ainda bem macio, que se comiam assadas. Um verdadeiro manjar!
Calejadas pela dureza do trabalho, assim foram estas vidas aqui desfiadas não em tom de lamúria, mas recordadas com carinho, pela alegria que se vivia em cada uma das etapas. 
Vieram também as brincadeiras que o “escanuchar do milho” do propicia, como os bigodes da melena do milho do Zé Gabriel...
Mas o Armandinho não se ficou atrás e, e resolveu aumentar ainda mais o seu já farto bigode. Na próxima, faremos um concurso!
Naturalmente que depois de tantas recordações, a frase mais escutada não podia deixar de ser: - ai que saudades! 
O que é compreensível, porque praticamente todos os nossos utentes, ano após ano, e enquanto puderam, fizeram este trabalho, para que o pão de cada, não faltasse na mesa.
E, do milho, nada se perdia! Tudo era necessário para pasto do gado, com que nos rigores do inverno se sustentava.   
E, de recordação em recordação, o trabalho feito! cestos cheios de maçarocas que agora vão descansar ao sol, na seca necessária antes da debulha.
Porque os estômagos já pediam aconchego, e mereciam, foi servido um lanche bem do agrado de todos!
 
Finalizamos com o jogo do anel, mas agora numa nova versão…  em que o anel foi substituído por grãos de milho!
 
Tarde animada e bem passada, em que amiúde, os olhos se desviavam para comtemplar as maçarocas, agora estendidas a secar, sob um esplêndido sol de outono!
A próxima etapa será debulhar o milho.
Se desejar, pode ver todas as imagens desta atividade em http://1drv.ms/1v4dUxm

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